Em meados de 1930 o BECO DAS FRUTAS tinha um cheiro forte de cianureto usado para amadurecer as frutas vendidas no local, os restos de frutas apodrecidas encarregavam-se de fazer o composto para o mau cheiro, herdando o nome de BECO DAS FRUTAS.
Aproximadamente em 1940 a prefeitura resolveu fazer uma fossa para escoar as águas de lavagem do mercado público em frente a um pequeno restaurante de Dedé de dona Mundinha, a fossa encheu, e transbordou uma gosma de sujeira que corria pelo beco inteiro, passando até por outras ruas.
O BECO DAS FRUTAS já era famoso por seus bares cachaças e caldos que prometiam curar a ressaca dos bêbados, a *pinguçada eram frequentadores assíduos daquele local atraindo prostituas, que logo fizeram dali ponto fixo.
As pessoas tinham preconceito com o local a muito tempo, e evitavam passar por lá com suas famílias não só por causa do mau cheiro mas pelos bêbados e prostitutas que assediavam por bebidas e dinheiro.
Com o passar dos tempos os bêbados e prostitutas e vadias antigos morreram de doenças como cirrose e venéreas, mas isso não impediu que outros viessem cumprir suas naturezas e passar pelo mesmo caminho traçado de seus antecessores.
Nos dias atuais ainda é comum ver notícias nos jornais de acontecimentos no BECO DAS FRUTAS, acontecimentos esses que são causados por uma minoria passageira e não frequentadores assíduos do local.
Personalidades frequentam o beco das frutas, o cantor da terra Bartô Galeno, historiadores e afins, hoje o BECO DAS FRUTAS está ficando mais conhecido como o BECO DA CULTURA.
Segundo Rogério Dias, pessoa muito envolvida com as manifestações culturais de Mossoró e frequentador, em entrevista ao blog Carlos Santos destaca, que há um movimento do mundo cultural mossoroense empenhado em provocar o poder público à revitalização do chamado “BECO DAS FRUTAS”, ensejando a sua transformação num corredor de manifestações artísticas que possa ser incluído em programação festiva da cidade.
O BECO DAS FRUTAS já foi palco de várias histórias com fatos tristes e alegres o bar de Seu Raimundão e outros já foram frequentados por políticos, empresários e personalidades importantes de um tempo não tão distante, o estreitamento social talvez tenha amadurecido ideias que saíram das mesas de bar e sem cianureto, para decisões que hoje temos em nossa cidade.